Edição de 28 de novembro de 1956 da revista Akhr Saa', comemorando a expulsão dos cidadãos judeus do Egito
A revista "Akhr Saa'" (A última hora), em sua edição de 28 de novembro de 1956, afirmava: "Aqueles sem nacionalidade que colocam o Egito em perigo agora estão indo para seus países ou para qualquer país que desejarem. Eles nunca voltarão." A revista ainda trazia fotos da expulsão.
Outro trecho da matéria de capa diz: "Doações para o inimigo - Congelamento de seu dinheiro - Destruindo a economia do Egito" (Akhr Saa', uma viagem sem volta, 1956).
Foi documentado que após 1956, em torno de 70 mil judeus deixaram o país forçados pelo governo ou fugindo da violência anti-judaica cometida por muçulmanos e, em menor escala, por coptas. A maioria dos deportados foi para a Europa, EUA e Israel. No entanto, não há documentos oficiais sobre seus destinos. Os únicos documentos disponíveis nos arquivos egípcios são os que mostram que eles foram deportados e proibidos de voltar.
Antes de partirem, os judeus foram forçados pelas autoridades egípcias a assinar documentos que afirmavam que eles tinham sido tratados de forma justa e que estavam saindo por vontade própria -- e doando seus bens para o governo sem sofrer nenhuma forma de coação.
Moshe Shachal, que lidera a federação de judeus refugiados de países árabes, afirmou que o valor das propriedades que os judeus deixaram para trás nesses países entre 1922-1952 é estimado em US$ 30 bilhões. Heskel Haddad estima que em valores corrigidos o montante estaria estimado entre 200 - 300 bilhões de dólares.
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