sábado, 20 de setembro de 2014

Revisionismo palestino: em busca de uma história



O revisionismo histórico é a espinha dorsal do discurso político e acadêmico palestino. É assim que seus líderes tentam criar uma história "árabe palestina" e uma identidade própria, distinta do violento colonialismo da história árabe-islâmica no Levante.

Os árabes "palestinos" são uma criação recente e sequer existiam antes da criação da OLP em 1965. Um bom exemplo disso é a resolução 194 da ONU (1948) que trata dos refugiados que deixaram o local após a guerra que os países árabes  travaram contra Israel logo após sua independência: os refugiados não eram chamados de "refugiados palestinos", o que faria referência a uma identidade nacional, mas sim de "refugiados da palestina", referindo-se a geografia -- simplesmente o lugar de onde saíram. 

Um dos métodos desta tentativa de criar uma história palestina é apresentar Jesus -- que de acordo com as escrituras cristãs era um judeu vivendo na terra da Judéia -- como um palestino, ao mesmo tempo em que o transformam em um profeta islâmico e se apropriam de conceitos cristãos.



 Jesus é um palestino; o abnegado Yasser Arafat é um palestino; Mahmoud Abbas, o mensageiro da paz na terra, é um palestino. Quão grande é esta nação da Santíssima Trindade! "
Al-Hayat Al-Jadida (Jornal oficial do Fatah e da Autoridade Palestina), 30 novembro 2012


Pois é, na "Santíssima Trindade" do jornal da Autoridade Palestina, Jesus é apenas Jesus. Já Arafat era "abnegado" e Mahmoud Abbas o "mensageiro da paz na terra"!


Xeique Muhammad Hussein, o mufti (autoridade religiosa islâmica) de Jerusalém afirma que Jesus era um muçulmano palestino. 
Fala exibida no canal oficial da Autoridade Palestina (Fatah), no dia 21 de abril de 2009

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