quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Secretário-Geral da Liga Árabe: "esta será uma guerra de extermínio e massacre que será lembrada como os massacres dos mongóis e as Cruzadas".

Das inúmeras ameaças de violência feitas por líderes árabes antes e na sequência da resolução de partilha da ONU, em 29 de novembro de 1947, poucas foram tão claras quanto a feita por Abdul Rahman Azzam, o primeiro secretário-geral da Liga Árabe, que afirmou que o estabelecimento de um estado judeu levaria a "uma guerra de extermínio e massacre memorável que será lembrada como o massacre dos mongóis e as Cruzadas".

A fonte da citação é um artigo de 11 de outubro de 1947 publicado no jornal egípcio Akhbar al-Yaum:



Mustafa Amin, o editor do jornal Akhbar al-Yom, publicou um relatório sobre a cúpula pan-árabe realizada na cidade libanesa de Aley. No editorial publicado em 11 de outubro de 1947, havia uma entrevista com o secretário-geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, entitulada "uma guerra de extermínio":
Abdul Rahman Azzam Pasha falou comigo sobre a horrível guerra que era iminente... dizendo:
"Eu, pessoalmente, desejo que os judeus não nos conduzam a esta guerra, já que esta será uma guerra de extermínio e massacre memorável que vai ser lembrada como o massacre dos tártaros ou as guerras das Cruzadas. Acredito que o número de voluntários de fora da Palestina será maior do que a população árabe da Palestina, pois sei que os voluntários chegarão de lugares [tão distantes] como a Índia, Afeganistão e China para ganhar a honra do martírio por causa da Palestina ... Você pode se surpreender ao saber que centenas de ingleses manifestaram o desejo de se voluntariar nos exércitos árabes para lutar contra os judeus.
 "Esta guerra se distinguirá por três sérios motivos. Primeiro - fé: cada guerreiro considera sua morte em nome da Palestina como o caminho mais curto para o paraíso; em segundo lugar, [a guerra] será uma oportunidade para grande pilhagem. Em terceiro lugar, será impossível conter os zelosos voluntários que chegam de todos os cantos do mundo para vingar o martírio dos árabes da Palestina, vendo a a guerra como [uma forma de] dignificar todos os árabes e todos os muçulmanos em todo o mundo...
"O árabe é superior ao judeu já que ele aceita a derrota com um sorriso: Se os judeus nos derrotarem na primeira batalha, vamos derrotá-los na segunda ou na terceira batalha... ou na batalha final... ao passo que uma derrota vai destruir a moral do judeu! A maioria dos árabes do deserto tem prazer em lutar. Lembro-me de ser encarregado de mediar uma trégua numa guerra do deserto -- na qual eu participei --, que durou nove meses... no caminho para assinar a trégua, fui abordado por alguns dos meus camaradas de armas que me disseram: 'Que vergonha! Você é um homem do povo, então como você pode querer acabar com a guerra... como podemos viver sem guerra? Isso ocorre porque a guerra dá ao beduíno uma sensação de felicidade, alegria, paz e segurança que a paz não fornece! 
 "Eu avisei os líderes judeus que conheci em Londres para desistir de sua política, dizendo-lhes que o árabe era o mais poderoso dos soldados, e que no dia que ele saca sua arma, ele não a solta até disparar a última bala na batalha, e nós vamos disparar o último tiro... "
Ele [Azzam] terminou a sua conversa comigo dizendo:.. "Eu prevejo as consequências desta guerra sangrenta. Eu vejo diante de mim suas horríveis  batalhas. Eu posso imaginar seus mortos, feridos e vítimas... Mas a minha consciência está tranquila... Pois não estamos atacando, mas nos defendendo, e não somos os agressores, mas os defensores contra uma agressão! ... "

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