sábado, 6 de setembro de 2014

Jornal Palestine Post em 1934: mais de 200.000 árabes imigraram ilegalmente para a Palestina entre 1920 e 1933

"Que a seca do ano passado foi insuportável e levou muitos camponeses à beira da fome foi uma declaração para um  jornal feita há alguns dias pelo governador de Houran." 
"Ele admitiu que 30.000-35.000 houranis se estabeleceram na Palestina"
    
                 
                        100 mil imigrantes árabes ilegais                                                          
Um enorme fluxo vindo da Síria, Hauran, Iraque e Transjordânia

Nos anos 1920-1931, os muçulmanos e cristãos da Palestina tiveram um aumento de 100 mil além de seu crescimento natural. Esta é a conclusão do Sr. A. Reubeni em um artigo no "doar hayom" de segunda-feira. 
Desde o início de 1928 até o fim de 1931, a população muçulmana teve um aumento de 100 mil e a cristã de 12 mil...
'Qual é a causa deste rápido avanço?' pergunta Reubeni. Com base no crescimento natural, era de se esperar que os muçulmanos, nos anos de 1929-1931, aumentariam em, no máximo, 39 mil, e os cristãos em 3 mil -- 42 mil no total. Como explicar a diferença entre esse número e os 112 mil (um aumento inesperado de 70 mil pessoas)?  Na realidade, conclui o sr. Reubeni, o aumento até 1929 é ainda maior, uma vez que o censo de 1922 -- no qual a Shaw Comission baseou seu cálculo -- tinha exagerado o número de beduínos em pelo menos um terço. Os beduinos eram, no máximo, 65 mil e não 103 mil, como foi informado.De modo que a Shaw Commission errou por uns 40 mil em sua estimativa de 1928. Portanto, o excedente de muçulmanos e cristãos acima de seu crescimento natural nos anos 1929-1931 foi de mais de 100 mil.  
Este número representa os imigrantes muçulmanos e cristãos vindos de países vizinhos, dos quais, pelo menos 95% são ilegais. Eles são sírios, libaneses, iraquianos, jordanianos, sauditas e egípcios. Ela (a imigração árabe) inchou desde então e agora penetra no país vinda do deserto faminto e de áreas atingidas pela pobreza na Síria e no Egito, até a Palestina, que vem prosperando por causa de esforços judaicos, argumenta Reubeni.
Sem risco de exagero, podemos considerar que nos últimos dois anos -- 1932-1933 -- mais 100 mil imigrantes árabes vieram para a Palestina, conclui o sr. Reubeni, e acrescenta que, enquanto o governo [britânico] toma medidas extremas para controlar e evitar imigrantes ilegais judeus, o país está aberto a uma desenfreada imigração árabe, que é livre e inquestionável. 

A Palestina na década de 1930 era o destino lógico para a imigração árabe -- não só por causa de sua economia em crescimento, mas também por motivos religiosos, já que líderes como o mufti de Jerusalém incentivavam a imigração árabe para impedir que "terras muçulmanas" ficassem sob controle de infiéis. 


Os árabes não tinham quase nenhuma ligação com as áreas onde viviam -- com a exceção das aldeias de seus clãs. O nascente nacionalismo árabe, que a intelligentsia ocidental tentou exportar para a região (até hoje sem muito sucesso) baseando-se no Ocidente não tinha criado nenhuma raíz nas aldeias ou nos corações dos camponeses do Oriente Médio, que eram nômades movidos por interesses econômicos, sociais e religiosos, cruzando fronteiras "nacionais" sempre que necessário.




O jornal Palestine Post, assim como a Orquestra Sinfônica da Palestina (1936) e todas as instituições que ostentavam o nome Palestina antes da criação de Israel, eram de propriedade judaica. 
Os árabes do local se identificavam como sírios, ou de acordo com suas tribos e grupos religiosos, e se opunham a existência de uma Palestina, que consideravam uma "invenção colonial" para "separar a Palestina de sua pátria, a Síria, sob o pretexto de estabelecer um governo nacional".

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