sábado, 13 de setembro de 2014

O poeta nacional do Líbano: atitudes em relação a identidade árabe e aos palestinos

Said Akl (em árabe: سعيد عقل) é considerado um dos mais importantes poetas modernos libaneses. Ele também é um grande defensor da identidade, do nacionalismo e do idioma libanês. Seus escritos incluem poesia e prosa, tanto em dialeto libanês quanto em língua árabe clássica. 

Akl nasceu em uma família cristã maronita na cidade de Zahlé, no Líbano. Após a perda de seu pai aos 15 anos de idade, ele teve que abandonar a escola e, posteriormente, trabalhou como professor e depois como jornalista. Depois estudou teologia, literatura e história islâmica, tornando-se um professor universitário e lecionando em diversas universidades libanesas e institutos de política.

Sua admiração pela história e pela cultura do Líbano fez com que ele nutrisse uma forte inimizade para com a língua e a cultura árabe. Este sentimento foi eternizado em uma de suas frases mais famosas: 
eu cortaria a minha mão direita só para não ser um árabe

Em 1968, depois de criar um "alfabeto libanês" de origem latina, composto de 37 letras, ele afirmou que o árabe literário desapareceria do Líbano.

Para Akl, o Líbano dos fenícios foi o berço da cultura e o herdeiro da civilização oriental, bem antes da chegada dos árabes no país. 

No video abaixo Akl exalta a invasão isralense do Líbano, ataca os palestinos e afirma que todos os libaneses deveriam sair às ruas para ajudar o exército de Israel a "limpar" o Líbano dos árabes-palestinos.



Tradução:

Não há um segundo passo, há apenas um [passo] para o herói Beguin (então primeiro-ministro de Israel): limpar o Líbano dos palestinos. Isso é o que o Líbano quer.
Se isso não acontecesse eu me sentiria tremendamente infeliz, assim como o resto da população libanesa.

Assim que o exército israelense entrasse no Líbano, todo o Líbano deveria ter se levantado e lutado ao seu lado. Se eu tivesse um batalhão militar, eu iria agora mesmo lutar ao lado do exército israelense.
Hoje, no meu jornal, eu agradeci ao exército israelense num editorial chamado "Israel está aqui". Eu escrevi: "estou feliz por dois motivos: porque o exército está salvando a nós e ao mundo e [porque] está mostrando a cabeça da serpente ao mundo -- que se chama terrorismo" -- e eu vou falar sobre isso depois. 
Mas eu também estou triste porque não somos nós que estamos salvando o Líbano com os Israelenses, salvando dessa imundice palestina racista e sanguinária, que lidera o terrorismo no mundo.

Pergunta: E por que você não tomou parte na operação?

Eu acredito que existam alguns políticos corruptos no Líbano, e a maioría deles está no governo. Eles não permitíram que os libaneses tomassem partido.
O povo libanês travou uma boa guerra contra os palestinos, mas [Yasser] Arafat enganou e extorquiu os países produtores de petróleo e agora tem mais de 70 bilhoes de dólares. Nesses últimos dois dias ele comprou líderes na Europa e nos Estados Unidos para agir contra você, para dizer que este exército [de Israel] que está salvando o Líbano é um invasor -- mas qualquer um que diga isso deveria ser decapitado!
Em nome do Líbano, eu te digo que esse é o único exército da salvação. 

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