sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A bandeira da Palestina presta homenagem a colonizadores e invasores


Texto escrito pelo Dr. Mahdi Abdul Hadi e retirado do site oficial da Sociedade Acadêmica Palestina [para o Estudo] de Assuntos Internacionais (الجمعية الفلسطينية الأكاديمية للشؤون الدولية):

VERMELHO: Os Khawarij foram o primeiro grupo islâmico a surgir após o assassinato do califa Uthman III, formando o primeiro partido republicano nos primeiros dias do Islã. Seu símbolo era a bandeira vermelha. Tribos árabes que participaram da conquista do Norte de África e da Andaluzia carregavam a bandeira vermelha, que se tornou o símbolo dos governantes islâmicos da Andaluzia (756-1355). Nos tempos modernos, o vermelho simboliza os Ashrafs de Hijaz (na Arábia Saudita) e os Hashemitas, descendentes do Profeta. Sharif Hussein desenhou a bandeira atual em junho de 1916, como a bandeira da revolta árabe. O povo palestino levantou-a como a bandeira do movimento nacional árabe em 1917. Em 1947, o Partido Baath Árabe interpretou a bandeira como um símbolo da libertação e da unidade da nação árabe. O povo palestino adotou novamente a bandeira na conferência palestina em Gaza, em 1948. A bandeira foi reconhecida pela Liga Árabe como a bandeira do povo palestino. Foi ainda aprovada pela OLP, o representante dos palestinos, na conferência palestina em Jerusalém em 1964.

PRETO: O Profeta Maomé (570-632)
No século VII, com a ascensão do Islã e a liberação de Meca, duas bandeiras - uma branca e outra preta - foram usadas. Na bandeira branca estava escrito: "Não há nenhum deus além de Alá e Maomé é o profeta de Alá."
Em tempos pré-islâmicos, a bandeira negra era um sinal de vingança. Era a cor do turbante usado quando se liderava tropas para a batalha.
Ambas as bandeiras negras e brancas eram colocadas na mesquita durante as orações de sexta-feira.
A dinastia abássida (750-1258), que controlava Bagdá, levou o preto como símbolo de luto pelo assassinato dos parentes do profeta e em memória da Batalha de Karbala.

BRANCO: A dinastia Umayyad (661-750), Damasco (Síria)
Os omíadas governaram por 90 anos, tendo o branco como sua cor simbólica como um lembrete da primeira batalha do Profeta em Badr, e para se distinguir dos abássidas, usando branco em vez de preto, como sua cor de luto.
Muawiyah Ibn Abi Sufian (661-750), fundador do Estado Umayyad, proclamou-se califa de Jerusalém (este foi o momento no qual Jerusalém se tornou uma cidade "sagrada" para muçulmanos).

VERDE: A dinastia Fatimida (909-1171), Norte da África
A dinastia Fatimida foi fundada no Marrocos por 'Abdullah al-Mahdi, e passou a dominar toda a África do Norte.
Eles usavam o verde como sua cor, para simbolizar a sua fidelidade a Ali, o primo do Profeta, que em uma ocasião foi enrolado em um cobertor verde no lugar do profeta, a fim de frustrar uma tentativa de assassinato.
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Símbolos nacionais -- como o hino e a bandeira -- são representações dos valores e da cultura dos povos que os ostentam. Ambos pegam emprestado do passado histórico, da religião e da identidade cultural de sua população, que, por isso mesmo, os ve como expressões de seus próprios valores e crenças. Em sua grande maioria, os símbolos nacionais também fazem menção ao território que seu povo habita e que considera como seu lar.

Brasil: As estrelas, que estão na bandeira, nas armas e nos selos nacionais, representam os estados brasileiros e o distrito federal, e são o retrato do céu carioca no dia da Proclamação da República. 

Portugal: A esfera armilar amarela representa os descobrimentos portugueses.


Israel: A cor azul em sua bandeira é baseada em um corante chamado Tekhelet, que era feito de um caracol marinho. Esta cor é importante na cultura judaica, pois faz parte de um mandamento bíblico:
“Tê-lo-eis nas franjas, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; (Num 15:39)
A estrela de Daví, que está estampada no centro da bandeira israelense, foi encontrada em sinagogas de Israel construídas nos séculos III e IV. A mesma terra de Israel que aparece centenas de vezes na Bíblia como sendo imprescindível para o cumprimento dos mandamentos da religião judaica.

Já a bandeira palestina é praticamente igual a bandeira jordaniana. Ambas representam os ocupantes árabes muçulmanos e foram desenhadas pelo inglês Mark SykesNenhuma das duas é símbolo de povos nativos das regiões que ocupam e tampouco mencionam ou têm qualquer ligação com os locais que estes grupos clamam como sua pátria histórica.



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