terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Imprensa árabe critica Obama e acusa o presidente dos EUA de apoiar grupos terroristas e o Irã

Muitos egípcios e árabes moderados ficaram chocados ao ouvir que o Departamento de Estado americano recebeu recentemente uma delegação da Irmandade Muçulmana. Apenas dois dias após o encontro na Casa Branca, a Irmandade Muçulmana clamou por uma "Jihad longinflexível".

A resposta vinda do Egito -- país onde o grupo foi criado e onde é classificado como terrorista pelo governo -- foi forte:
  • De acordo com o jornal Cairo Post, o Ministro de Relações Exteriores do país, Sameh Shoukry, afirmou que "qualquer tipo de comunicação com um grupo que participa de "ataques terroristas não é compreensível, já que [os membros da Irmandade Muçulmana] não são um partido político, e de acordo com a lei egípcia eles devem ser tratados como um grupo terrorista"
  • O colunista do jornal al-Ahram, Ezzat Ibrahim, afirmou que "A Irmandade Muçulmana está buscando voltar à arena política através da porta norte-americana e de ataques terroristas. A política dos Estados Unidos parece ser desonesta e pouco confiável."

Já no Iêmen os Houthis (rebeldes muçulmanos xiitas que aplicaram um golpe de estado e tomaram o controle do governo do país na semana passada)  têm a imagem abaixo como seu principal slogan:
الله اكبر
الموت لأمريكا
الموت لإسرائيل
اللعنة على اليهود
النصر للإسلام
Alá é o maior
Morte a América
Morte a Israel
Malditos são os judeus
Vitória para o Islã

O jornal Los Angeles Times menciona este slogan e ainda informa que agentes do governo americano afirmam que o grupo recebe armas e treinamento do governo do Irã. O jornal prossegue destacando que "um agente do governo iraniano se vangloriou recentemente que, graças aos Houthis, a capital do Iêmen está agora "nas mãos do Irã", juntamente com as do Iraque, Síria e Líbano".

O colunista do LA Times ainda informa, em tom crítico, que "funcionários da administração Obama estavam se esforçando para entrar em contato com os líderes Houthi para assegurar-lhes que os Estados Unidos não os consideram um inimigo.


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Enquanto isso o almirante James A. Lyons, o ex-comandante da Frota do Pacífico dos Estados Unidos -- o maior comando militar único no mundo e o "pai" da Red Cell (unidade anti-terrorismo da Marinha) -- acusou Obama de faciliar a infiltração da Irmandade Muçulmana em todos os órgãos de Segurança Nacional dos Estados Unidos:
"Não há dúvida que temos um grande trabalho a nossa frente com a penetração Irmandade Muçulmana em cada uma de nossas agências de segurança nacional, incluindo todas as nossas agências de inteligência. E foi relatado por alguns que nossa principal agência de inteligência é liderada por um muçulmano convertido (uma referência ao diretor da CIA, John Brennan, que teria se convertido ao islamismo na década de 1990 em Bagdá). Essa não vai ser uma tarefa fácil."

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