terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Estado Islâmico queima piloto jordaniano vivo e prova, com jurisprudência islâmica, que a ação é prescrita pela religião

O piloto jordaniano Muaz al-Kassasbeh, que foi capturado pelo EI, teve sua execução gravada e publicada pelo grupo. No vídeo, com direito a produção hollywoodiana, podemos ver o soldado da coalizão liderada pelos americanos sendo queimado vivo dentro de uma pequena jaula.

O nome dado ao vídeo é "curando os corações dos crentes/fiéis" e foi retirado diretamente do Corão (surata 9:14):
Combatei-os! Alá os castigará por intermédio de vossas mãos, aviltá-los-á e vos fará prevalecer sobre eles, e curará os corações dos fiéis"

Alguns líderes muçulmanos vieram a público condenar o método escolhido pelo EI para executar o prisioneiro. Todos se baseavam neste Hadith: 
لا يعذب بالنار إلا رب النار
"Ninguém além do Senhor do Fogo (Alá) pode punir com fogo"

O Estado Islâmico se antecipou as críticas e respondeu aos futuros questionamentos na marca de 1 minuto. O grupo cita Ibn Taymiyya, uma das maiores autoridades religiosas muçulmanas em toda a história e o precursor do Salafismo -- a ideologia que comanda o EI e o Reino da Arábia Saudita:
“Ibn Taymiyya, que Alá tenha piedade dele, disse: 
Então, se o horror de vulgarmente profanar o corpo for um chamado para eles [os infiéis] acreditarem [no Islã], ou para parar sua agressão, é a partir daqui que realizamos a punição e [temos] permissão para legalmente lançar Jihad"


A verdade é que quem está certo -- ou sendo honesto -- neste caso é o grupo Estado Islâmico. 

A proibição de usar fogo para matar realmente existe na religião muçulmana -- chegando ao ponto de proibir o uso de eletricidade para matar até insetos, já que alguns eruditos islâmicos consideram a eletricidade como uma manifestação do fogoMas há diversas exceções. Uma foi mencionada pelo próprio grupo terrorista e a outra se chama "Doutrina do Equilíbrio", que é explicada aqui pelo maior líder sunita da atualidade, Yusef al-Qaradawi. 

É por causa destas exceções que atentados terroristas -- que usam fogo para matar não só vítimas inocentes, como também os próprios muçulmanos que os realizam -- são classificados como alguns dos "atos que mais agradam a Alá". E esta declaração foi feita pelo clérigo Hashem Islam Ali Islam, que faz parte do comitê de Fatwas (decisões legais islâmicas) da Universidade al-Azhar, no Egito. Esta instituição é considerada o centro teológico do islamismo sunita do mundo inteiro.


Ver: Estado Islâmico traz mais provas de que o Islã permite que pessoas sejam queimadas vivas

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