"O futuro do cristianismo é sombrio", diz ele a um grupo de jornalistas convidados a sua casa, que é pintada em tons de azul, com imagens da crucificação e murais de salmos em suas paredes. "Nós não temos um futuro. As razões são a emigração e as baixas taxas de natalidade. "
Samir Qumsieh
Qumsieh, que comanda uma pequena estação de televisão cristã que só permanece no ar graças ao financiamento de evangélicos do exterior, diz que o número cada vez menor de cristãos encoraja o extremismo muçulmano, o que só reforça a fuga de população. Para ele, é um ciclo vicioso.
"Al-Qaeda está agora na Cisjordânia", diz ele. "E isso vai aumentar os nossos problemas."
"Oficialmente você não verá nada", diz ele sobre a perseguição de cristãos. "Mas há usurpações de terra, e a Autoridade Palestina não toma medidas."
Para reforçar ainda mais sua posição, Qumsieh exibe uma série de lembranças baratas compradas em barracas ao redor da famosa Praça da Manjedoura em Belém. Em uma lembrança -- uma camisa que mostra locais de Belém -- a cruz sobre a Igreja da Natividade foi apagada. Em outra, uma bola de futebol com o logotipo do Barcelona Futebol Clube, a cruz vermelha no canto esquerdo está faltando, deformando o símbolo do clube.
"A discriminação está camuflada", diz ele, "o que a torna mais perigosa."
Qumsieh se refere aos líderes cristãos como "covardes" mais preocupados em apresentar uma frente palestina unida contra Israel do que enfrentar os seus próprios problemas internos.
"Se alguém afirmar que não há discriminação, ele é um mentiroso", diz Samir Qumsieh.
"[A prefeita] disse que está tudo bem. Claro, em sua posição ela não pode dizer mais nada."
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