Em entrevista ao canal inglês BBC, o guarda-costas de Yasser Arafat, Muhammad al-Daya, conta como o falecido líder árabe mentia quando vinha a público, em inglês, condenar atentados terroristas contra civis israelenses.
Entrevista exibida no canal BBC (Reino Unido), no dia 3 de abril de 2014
Entrevistadora: Ariel Sharon costumava dizer que Arafat era um mentiroso patológico.
Muitos políticos que lidaram com Arafat diziam que ele era um grande mentiroso.
Muhammad al-Daya: O islã permite que você minta em três casos: A fim de reconciliar duas pessoas...
Entrevistadora: Em nome da reconciliação.
Muhammad al-Daya: Se a sua esposa é feia, você tem permissão para dizer que ela é a mulher mais bonita do mundo.
O terceiro caso é na política. Você tem permissão para mentir na política.
Entrevistadora: Então você confirma isso...
Muhammad al-Daya: Sim.
Entrevistadora: Então ele mentia na sua presença?
Muhammad al-Daya: Abu Ammar (nome de guerra de Arafat)? Sim.
Quando acontecia um atentado em Tel Aviv, por exemplo, ele dizia...
Isso acontecia graças a pressão, especialmente do presidente [do Egito] Hosni Mubarak.
Mubarak ligava para Arafat e dizia: "condene [o atentado] ou eles vão te ferrar."
Arafat dizia para Mubarak: "sr. presidente, nós temos mártires, os [israelenses] nos destruíram. Eles nos massacraram." Mas Mubarak dizia para ele: "Denuncie ou eles vão te ferrar."
Então Arafat condenava os atentados em seu modo peculiar, dizendo: "Eu sou contra a morte de civis." Mas isso não era verdade.
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