Filial da cadeia inglesa de varejo, a Virgin Megastore do Catar recomenda a leitura de Mein Kampf (Minha Luta) de Adolph Hitler
“O mundo árabe é o último bastião de um anti-semitismo desenfreado, desavergonhado, explícito e inacreditável. Mitos hitleristas são publicados na imprensa popular como verdades incontestáveis. O Holocausto é reduzido ao mínimo ou negado (...) É difícil de imaginar como o mundo árabe poderá um dia chegar a bons termos com Israel quando retrata os israelenses como o diabo”Os países árabes têm uma das mais baixas taxas de alfabetização do mundo -- 27,9%, ou 97 milhões de árabes, são analfabetos.
Os árabes representam 5% da população mundial, e ainda assim produzem apenas 1% dos livros publicados no mundo, sendo a maioria deles livros religiosos. Como medida de comparação, a Espanha traduz mais livros para o espanhol a cada ano do que todo o mundo árabe tem traduzido para o árabe desde o século IX. (Literacy and adult education in the Arab World) [2]
Ainda assim -- e apesar desses números impressionantes! --, é no mundo árabe, e em geral no mundo muçulmano, que Mein Kampf tem tido mais edições desde 1930. Mesmo hoje, quando os Protocolos dos Sábios de Sião são o maior best-seller dos países árabes, Mein Kampf ainda continua a ter tiragens significativas de Argel ao Cairo, de Tunis a Teerã, de Trípoli a Damasco, de Beirute a Islamabad e de Bagdá a Jacarta.
O seu sucesso foi tão grande na Palestina (antes da criação de Israel) que na sua edição de 13 de Março de 1939, o Times, de Londres, revelava que os maiores compradores fora da Alemanha eram os árabes vivendo naquele território.
Uma tradução para o árabe de Mein Kampf foi distribuída em Jerusalém Oriental e nos territórios controlados pela Autoridade Palestina (AP) e se tornou um best-seller. Em 2005, o site oficial do serviço de informação estatal palestino também publicou uma tradução árabe dos "Protocolos dos Sábios de Sião".
Mas é na Turquia que a bíblia do nazismo atingiu a maior popularidade. O livro -- Kavgam em turco -- está à venda em todas as cidades turcas, das livrarias mais respeitáveis as bancas de rua.
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