O jornal egípcio Egypt Independent, que é a versão em língua inglesa do gigante al-Masry al-Youm, denuncia que a universidade al-Azhar, a mais tradicional e importante instituição religiosa muçulmana do mundo, ensina a crianças que judeus, cristãos e descrentes mortos podem ser comidos em caso de necessidade -- mas proíbe que eles comam um muçulmano caso se encontrem na mesma situação.
Original:
Livros didáticos de jurisprudência religiosa usados por estudantes da al-Azhar abordam, entre outros assuntos, a questão de comer seres humanos mortos, citando Mansour bin Yunus al-Bahuti, um estudioso da escola Hanbali de jurisprudência que morreu há 500 anos, dizendo que comer judeus, cristãos e descrentes é halal (permitido pelo Islã) se for uma necessidade, mas os não-muçulmanos não podem comer muçulmanos mortos, mesmo em caso de necessidade.
Outro livro didático cita Imam al-Sherbini, da escola Shafi de jurisprudência, dizendo que profetas mortos de qualquer religião não devem ser comidos. E que quando ele foi informado de que os profetas não morrem e que jazem vivos, rezando em suas sepulturas, de acordo com a Hadith, ele explicou que sua intenção foi dizer que isso se aplicaria caso eles fossem encontrados mortos antes de serem enterrados.
Ele também esclareceu que a carne de mortos judeus, cristãos e infiéis deve ser comida crua, e não cozida ou grelhada.
Outros livros didáticos da al-Azhar dizem que a ingestão de judeus, cristãos e descrentes mortos pode ser autorizada não apenas por necessidade, mas também como uma punição por heresia.
No livro “Persuasion in Resolving the Words of Abi Shoga” que segue a escola Shafi de jurisprudência, o autor diz que um guerreiro muçulmano pode matar e comer homens, mulheres e crianças infiéis, se eles não tiverem sido eles próprios guerreiros.
Mas bin Abdel Salam recomenda comer adultos guerreiros e deixar as crianças guerreiras [vivas] por seu valor econômico como escravas.
No capítulo que trata do que é permitido comer, o livro "al-Sharh al-Saghir", que explica a escola Maliki de jurisprudência, diz que não é permitido comer animais selvagens caçados por um muçulmano e um infiel em conjunto, ou nada abatido por um cristão ou um judeu.
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