segunda-feira, 2 de abril de 2018

Marcha do Retorno: grande imprensa omite que maioria dos mortos era formada por militantes e terroristas

Atualização: 15 dos 19 mortos nos protestos em Gaza foram identificados como terroristas
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No dia 31 de março o Jornal Nacional, o G1 e o El País noticiaram que 16 palestinos tinham sido mortos em violentos confrontos com o exército israelense. O que todos eles omitiram é que, já no mesmo dia, dez dos dezesseis mortos tinham sido identificados, tanto pelos palestinos quanto por Israel, como terroristas:


Musab al-Saloul (Hamas)


Jihad Ahmed Farina (Hamas) 


 Ahmed Ibrahim Abu Odeh (Hamas)


Sari  Abu Walid  Oudeh (brigadas Izz ad-Din al-Qassam, batalhao Badr)


Mohammed Abu Naeem Amr (Hamas)


Jihad Zuhair Abu Jamous Najjar  (brigadas al-Aqsa)


Fares al Raqab das brigadas al-Quds (Jihad Islamic)
 
Atualização:






"Marcha do Retorno" - o que diz a imprensa x o que dizem os palestinos

Em artigo da BBC reproduzido pela Globo, UOL, Record e uma infinidade de outros veículos de comunicação, a Marcha do Retorno é descrita como sendo para os palestinos "um protesto para chamar a atenção para a luta de centenas de milhares de palestinos que têm sido expulsos de seus lares que ficam onde hoje está Israel".  

إسماعيل هنية
Ismail Haniyeh

Isso é bem diferente do que dizem dois dos principais líderes do Hamas, o primeiro-ministro Ismail Haniyeh e o líder militar das brigadas al-Qassam, Yehya Sinwar. 
De acordo com uma notícia publicada no Palestinian Information Center, os dois disseram aos manifestantes que os protestos de 30 de março marcaram o início de uma "nova fase na luta nacional dos palestinos no caminho para libertar toda a Palestina". Haniyeh e Sinwar também deixaram claro que a "Marcha de Retorno" tinha outro objetivo: frustrar qualquer tentativa dos árabes de fazer a paz ou normalizar suas relações com Israel.

Considerando as declarações feitas por líderes do Hamas, a "Marcha de Retorno" não visa melhorar as condições de vida dos árabes na Faixa de Gaza, nem se trata de encontrar maneiras de resolver as crises "humanitária" e "econômica" no local.

O Hamas e seus aliados não enviaram os manifestantes à fronteira com Israel para exigir empregos e remédios. Eles não os encorajaram a arriscar suas vidas por causa da falta de fornecimento de eletricidade ou por mais liberdade.

Em vez disso, os organizadores enviaram os palestinos para a fronteira depois de assegurar que essa era a única maneira de inundar Israel com milhões de "refugiados" palestinos como parte do "direito de retorno". O "direito de retorno" refere-se à exigência palestina de que Israel permita que milhões de "refugiados" palestinos que nunca pisaram em Israel se mudem para o país, transformando-o em um estado de maioria árabe-muçulmana.