O jornalista Yasser Murtaja foi morto durante os confrontos na chamada Marcha do Retorno entre manifestantes do Hamas e o exército israelense. Foi assim que a imprensa brasileira noticiou o ocorrido:
Folha: Jornalista palestino morre ao cobrir protesto na fronteira entre Israel
G1 (Globo): Jornalista palestino morre após ser baleado por israelenses em Gaza
O Globo: Jornalista palestino é morto a tiros por tropas israelenses em Gaza
Estadão: Jornalista palestino é morto por soldados israelenses em Gaza
O que nenhum deles informa é que em um dos vídeos de drone publicados pelo jornalista, a legenda afirma que ele e o Ain Media (عين ميديا), veículo de imprensa onde ele trabalhava, se consideravam parte do exército do Hamas:
طائراتنا في السماء وجنودنا على الأرض ..
قواتنا مستعدة لكل السيناريوهات صباح مساء
صباحٌ منعش
"Nossos aviões estão no céu e nossos soldados estão no chão. Nossas tropas estão prontas para todos os cenários à noite
Uma manhã refrescante "
Em resposta ao caso, o ministro da defesa israelense afirmou que terroristas palestinos usando uniforme de imprensa é uma ocorrêcia comum e que qualquer um voando drones em áreas de conflito, onde eles podem ser usados para obter informações úteis para o combate, coloca sua segurança em risco. Murtaja era um apoiador declarado do Hamas.
Um terrorista árabe-palestino vestindo um uniforme reservado a jornalistas -- um colete amarelo com a palavra PRESS (imprensa) bordada nele -- atacou e feriu um soldado israelense.
A veste usada pelo terrorista é destinada a proteger fotógrafos e jornalistas em locais onde ocorrem conflitos armados. É através deste tipo de vestimenta que os combatentes são avisados de que os profissionais de imprensa não são pessoas que representam perigo e nem podem ser alvos de ataques de qualquer forma.
Este tipo de atitude compromete a idéia e põe jornalistas em perigo, já que abre precedente e mostra que soldados também devem tê-los como alvos em potencial.
O ataque foi cometido no dia 16/10/2015 e transmitido ao vivo pelo canal al-Quds, do Hamas.
Agência da ONU "deplora" a morte de terrorista que trabalhava como jornalista
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