sábado, 4 de julho de 2015

"A obesidade tornou-se prevalente na Faixa de Gaza"

Por Mohammed Othman no site pró-Palestino al-Monitor:
A obesidade se tornou prevalente na Faixa de Gaza, como confirmado pelo aumento da procura por nutricionistas. Ata Qaisi, um consultor de saúde e proprietário da Diet Center da Cidade de Gaza, disse que a obesidade pode ter repercussões negativas sobre a vida de uma pessoa, tornando-a mais vulnerável a hipertensão, diabetes e dores articulares. As mulheres obesas também são mais suscetíveis a complicações na gravidez e abortos, de acordo com Qaisi. 
Qaisi disse ao al-Monitor que há uma grande demanda em Gaza por programas de perda de peso. "O conforto está na melhoria da aparência e isso é o que buscamos através de nossos programas, que devem ser seguidos através de dietas e não apenas com base na perda de peso. Quando a pessoa considera que o peso foi reduzido e a forma foi melhorada, toda a sua vida muda completamente. É assim que as pessoas encontram conforto em seus corações e mentes ", disse ele.
Na Faixa de Gaza, uma grande proporção de pessoas sofre de obesidade. "Apenas 18% a 25% dos moradores da Faixa têm um peso normal", disse ele. "O resto está sofrendo de obesidade, devido à natureza de nosso padrão de vida, além do estilo de vida social desequilibrado, maus hábitos alimentares, tradições alimentares e consumo de sobremesa." 
Ele acrescentou: "uma proporção tão grande é o resultado de doenças comuns, tais como diabetes, estresse, câncer e reumatismo. Se, por exemplo, a proporção de doentes com tensão arterial elevada é 30% da população, sei que 97% deles são devidos à obesidade, e o resto são por causas acidentais."

O fenômeno da obesidade nos territórios sob controle dos árabes-palestinos já tinha sido notado por órgãos ocidentais anos atrás.

De acordo com o jornal britânico The Economist, os palestinos então entre as populações mais obesas do mundo -- as mulheres estão em terceiro lugar (42.5% das palestinas são consideradas obesas) e os homens palestinos estão em oitavo lugar (23.9%).




Já de acordo com os números da UNRWA (órgão da ONU responsável por perpetuar indefinidamente os "refugiados palestinos"), a taxa de obesidade na Faixa de Gaza está em 34% para os homens e em 41,6% para as mulheres. Na Cisjordania 28,7% dos homens e 52,6% das mulheres são obesos.

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