sábado, 31 de janeiro de 2015

Imã da grande mesquita de Meca: "o Estado Islâmico é um verdadeiro produto do salafismo"


No dia 15 de agosto de 2014, o xeique 'Adl al-Kalbani afirmou em seu twitter (que tem mais de 1 milhão e 400 mil seguidores) que "o Estado Islâmico é um verdadeiro produto do salafismo, e temos que enfrentar isso com toda a transparência".

O que faz a afirmação ser ainda mais reveladora é fato de que, no final das contas, o próprio xeique al-Kabani é um salafi, assim como o Reino da Arábia Saudita -- que exporta essa ideologia para todo o mundo.


“داعش نبتة (سلفية) حقيقية يجب أن نواجهها بكل شفافية”
Original:

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A bandeira da Palestina presta homenagem a colonizadores e invasores


Texto escrito pelo Dr. Mahdi Abdul Hadi e retirado do site oficial da Sociedade Acadêmica Palestina [para o Estudo] de Assuntos Internacionais (الجمعية الفلسطينية الأكاديمية للشؤون الدولية):

VERMELHO: Os Khawarij foram o primeiro grupo islâmico a surgir após o assassinato do califa Uthman III, formando o primeiro partido republicano nos primeiros dias do Islã. Seu símbolo era a bandeira vermelha. Tribos árabes que participaram da conquista do Norte de África e da Andaluzia carregavam a bandeira vermelha, que se tornou o símbolo dos governantes islâmicos da Andaluzia (756-1355). Nos tempos modernos, o vermelho simboliza os Ashrafs de Hijaz (na Arábia Saudita) e os Hashemitas, descendentes do Profeta. Sharif Hussein desenhou a bandeira atual em junho de 1916, como a bandeira da revolta árabe. O povo palestino levantou-a como a bandeira do movimento nacional árabe em 1917. Em 1947, o Partido Baath Árabe interpretou a bandeira como um símbolo da libertação e da unidade da nação árabe. O povo palestino adotou novamente a bandeira na conferência palestina em Gaza, em 1948. A bandeira foi reconhecida pela Liga Árabe como a bandeira do povo palestino. Foi ainda aprovada pela OLP, o representante dos palestinos, na conferência palestina em Jerusalém em 1964.

PRETO: O Profeta Maomé (570-632)
No século VII, com a ascensão do Islã e a liberação de Meca, duas bandeiras - uma branca e outra preta - foram usadas. Na bandeira branca estava escrito: "Não há nenhum deus além de Alá e Maomé é o profeta de Alá."
Em tempos pré-islâmicos, a bandeira negra era um sinal de vingança. Era a cor do turbante usado quando se liderava tropas para a batalha.
Ambas as bandeiras negras e brancas eram colocadas na mesquita durante as orações de sexta-feira.
A dinastia abássida (750-1258), que controlava Bagdá, levou o preto como símbolo de luto pelo assassinato dos parentes do profeta e em memória da Batalha de Karbala.

BRANCO: A dinastia Umayyad (661-750), Damasco (Síria)
Os omíadas governaram por 90 anos, tendo o branco como sua cor simbólica como um lembrete da primeira batalha do Profeta em Badr, e para se distinguir dos abássidas, usando branco em vez de preto, como sua cor de luto.
Muawiyah Ibn Abi Sufian (661-750), fundador do Estado Umayyad, proclamou-se califa de Jerusalém (este foi o momento no qual Jerusalém se tornou uma cidade "sagrada" para muçulmanos).

VERDE: A dinastia Fatimida (909-1171), Norte da África
A dinastia Fatimida foi fundada no Marrocos por 'Abdullah al-Mahdi, e passou a dominar toda a África do Norte.
Eles usavam o verde como sua cor, para simbolizar a sua fidelidade a Ali, o primo do Profeta, que em uma ocasião foi enrolado em um cobertor verde no lugar do profeta, a fim de frustrar uma tentativa de assassinato.
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Símbolos nacionais -- como o hino e a bandeira -- são representações dos valores e da cultura dos povos que os ostentam. Ambos pegam emprestado do passado histórico, da religião e da identidade cultural de sua população, que, por isso mesmo, os ve como expressões de seus próprios valores e crenças. Em sua grande maioria, os símbolos nacionais também fazem menção ao território que seu povo habita e que considera como seu lar.

Brasil: As estrelas, que estão na bandeira, nas armas e nos selos nacionais, representam os estados brasileiros e o distrito federal, e são o retrato do céu carioca no dia da Proclamação da República. 

Portugal: A esfera armilar amarela representa os descobrimentos portugueses.


Israel: A cor azul em sua bandeira é baseada em um corante chamado Tekhelet, que era feito de um caracol marinho. Esta cor é importante na cultura judaica, pois faz parte de um mandamento bíblico:
“Tê-lo-eis nas franjas, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; (Num 15:39)
A estrela de Daví, que está estampada no centro da bandeira israelense, foi encontrada em sinagogas de Israel construídas nos séculos III e IV. A mesma terra de Israel que aparece centenas de vezes na Bíblia como sendo imprescindível para o cumprimento dos mandamentos da religião judaica.

Já a bandeira palestina é praticamente igual a bandeira jordaniana. Ambas representam os ocupantes árabes muçulmanos e foram desenhadas pelo inglês Mark SykesNenhuma das duas é símbolo de povos nativos das regiões que ocupam e tampouco mencionam ou têm qualquer ligação com os locais que estes grupos clamam como sua pátria histórica.



Sermão na TV do Bahrein: "a mulher deve apanhar para sentir a extensão da frustração no coração do homem"


O Corão e exegetas prescrevem o uso de violência, enquanto as coleções de hadith relatam atos violentos contra mulheres  praticados pelo profeta Maomé e por seus seguidores mais próximos:

Abu Dawud 2141 - Maomé primeiro proibiu as surras, mas mudou de idéia após reclamações de seus seguidores quanto ao comportamento de suas esposas:
Narrou Abdullah ibn Abu Dhubab: 
Iyas ibn Abdullah ibn Abu Dhubab relatou o Apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele) dizendo: Não bata nas servas de Alá, mas quando 'Omar veio até
 o Apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele) e disse: As mulheres tornaram-se audaciosas para com seus maridos, ele (o Profeta) deu permissão para bater nelas. Então, muitas mulheres vieram para a família do Apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele) queixando-se de seus maridos. Assim, o Apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele) disse: Muitas mulheres têm ido até a família de Maomé queixando-se de seus maridos. Eles não são os melhores entre vós. 

Sahih Muslim 4:2127 - Maomé agrediu sua esposa favorita, Aisha, quando ela saiu de casa sem a sua permissão. Aisha narra o acontecimento:
Ele me bateu/empurrou no peito, o que me causou dor, e então disse: você acha que Alá e Seu Apóstolo tratariam você injustamente?

Sahih Muslim 9:3506 - Os sogros de Maomé (Abu Bakr e 'Omar) o entreteram batendo nas esposas do profeta (Aisha e Hafsa). De acordo com o Hadith, a reação de Maomé foi rir das agressões:
Jabir b. 'Abdullah (que Alá esteja satisfeito com ele) relatou: Abu Bakr (que Alá esteja satisfeito com ele) veio e pediu permissão para ver o Mensageiro de Alá (que a paz esteja com ele).
Ele encontrou pessoas sentadas em sua porta e para ninguém dentre eles havia sido concedida a permissão, mas foi concedida a Abu Bakr e ele entrou. Então veio 'Omar e ele pediu permissão e foi concedida a ele, e ele encontrou o Apóstolo de Alá (que a a paz esteja com ele) sentado triste e em silêncio com suas esposas ao seu redor.
Ele ('Omar) disse: Eu diria algo que faria o santo profeta (que a paz esteja com ele) rir, então ele disse: Mensageiro de A
, eu queria que você tivesse visto (o tratamento dado) a filha de Khadija quando você me pediu algum dinheiro, e levantei-me e dei um tapa em seu pescoço. 
O Mensageiro de Alá (que a paz esteja com ele) riu e disse: Elas estão ao meu redor, como você vê, pedindo dinheiro extra. Abu Bakr (que Alá esteja satisfeito com ele), então se levantou e foi até Aisha (que Alá esteja satisfeito com ela) e deu um tapa em seu pescoço, e 'Omar se levantou diante de Hafsa e a esbofeteou, dizendo: Você pede ao Mensageiro de Alá (que a paz esteja com ele) o que ele não possui. Disseram: Por Alá, nós não pedimos ao Mensageiro de Alá (que a paz esteja com ele) nada que ele não possui. 
[...]

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Canal al-Jazira bane o uso de expressões como "islamitas", "militantes" e "terroristas" ao falar de atentados cometidos por terroristas islâmicos

Pouco depois de um ataque contra o Hotel Corinthia, na Líbia, cometido por terroristas islâmicos, um dos manda-chuvas da al-Jazira em inglês, o chefe de produção Carlos van Meek, enviou um e-mail para seus funcionários banindo o uso de palavras como "islamitas", "militantes" e "terroristas" para se referir a ataques praticados por terroristas muçulmanos em nome de sua religião.

"O terrorista de uma pessoa é o combatente da liberdade de outra pessoa", escreveu o todo-poderoso da al-Jazira.

A palavra "extremista" foi considerada como fora dos limites: "evitem a caracterização das pessoas", disse van Meek. "Freqüentemente as suas ações já deixam isso claro para o espectador".

"Não usem", disse van Meek sobre o termo "islamita", enquanto o descreveu como "um rótulo simplista."

Ainda de acordo com as instruções do van Meek, os funcionários da al-Jazira não podem usar o termo árabe "jihad", já que, segundo ele próprio, "jihad significa uma luta espiritual interior, e não uma guerra santa" -- algo que é fortemente contestado por clérigos islâmicos.

Ele ainda ordenou que seus funcionários substituam o termo "terroristas" por  "combatentes" e "militantes" -- mas apenas em determinados contextos. "Por exemplo, podemos usar o termo [militante] para descrever o assassino norueguês Andres Behring Breivik ou o terrorista de Oklahoma (nos EUA), Timothy McVeigh", escreveu ele.

E-mail completo (original em inglês):
From: Carlos Van Meek
Sent: Tuesday, January 27, 2015 10:06 AM
To: AJE-Newsdesk; AJE-Output; AJE-DC-Newsroom
Subject: Terrorists, Militants, Fighters and then some… 

All: We manage our words carefully around here. So I’d like to bring to your attention some key words that have a tendency of tripping us up. This is straight out of our Style Guide. All media outlets have one of those. So do we. If you’d like to amend, change, tweak.. pls write to Dan Hawaleshka direct who is compiling the updates to the Style Guide and they will be considered based on merit. No mass replies to this email, pls. 


EXTREMIST – Do not use. Avoid characterizing people. Often their actions do the work for the viewer. Could write ‘violent group’ if we’re reporting on Boko Haram agreeing to negotiate with the government. In other words, reporting on a violent group that’s in the news for a non-violent reason.
TERRORISM/TERRORISTS – One person’s terrorist is another’s freedom fighter. We will not use these terms unless attributed to a source/person.

ISLAMIST – Do not use. We will continue to describe groups and individuals, by talking about their previous actions and current aims to give viewers the context they require, rather than use a simplistic label.

NOTE: Naturally many of our guests will use the word Islamist in the course of their answers. It is absolutely fine to include these answers in our output. There is no blanket ban on the word.
JIHAD – Do not use the Arabic term. Strictly speaking, jihad means an inner spiritual struggle, not a holy war. It is not by tradition a negative term. It also means the struggle to defend Islam against things challenging it. Again, an Arabic term that we do not use.
FIGHTERS – We do not use words such as militants, radicals, insurgents. We will stick with fighters. However, these terms are allowed when quoting other people using them. 

MILITANT – We can use this term to describe individuals who favour confrontational or violent methods in support of a political or social cause. For example, we can use the term to describe Norwegian mass-killer Andres Behring Breivik or Oklahoma City bomber Timothy McVeigh. But please note: we will not use it to describe a group of people, as in ‘militants’ or ‘militant groups’ etc.


J. CARLOS VAN MEEK | HEAD OF OUTPUT | NEWS
AL JAZEERA ENGLISH

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Em sermão de sexta-feira exibido na TV do Qatár, clérigo muçulmano compara mulheres a eletrodomésticos e diz que bater na esposa é direito garantido por Alá




Original: https://www.youtube.com/watch?v=04bG5U-I2Lw

A justificativa para este tipo de tratamento se encontra no Corão, na surata 4:34
 (سورة النساء - surata "as mulheres")


الرِّجَالُ قَوَّامُونَ عَلَى النِّسَاءِ بِمَا فَضَّلَ اللَّهُ بَعْضَهُمْ عَلَىٰ بَعْضٍ وَبِمَا أَنفَقُوا مِنْ أَمْوَالِهِمْ فَالصَّالِحَاتُ قَانِتَاتٌ حَافِظَاتٌ لِّلْغَيْبِ بِمَا حَفِظَ اللَّهُ وَاللَّاتِي تَخَافُونَ نُشُوزَهُنَّ فَعِظُوهُنَّ وَاهْجُرُوهُنَّ فِي الْمَضَاجِعِ وَاضْرِبُوهُنَّ فَإِنْ أَطَعْنَكُمْ فَلَا تَبْغُوا عَلَيْهِنَّ سَبِيلًا إِنَّ اللَّهَ كَانَ عَلِيًّا كَبِيرًا
Os homens são os mantenedores (estão no comando) das mulheres, porque Alá dotou um com mais do que a outra, e pelo que gastam [em subsistência] de seu pecúlio. As boas esposas são as devotas, que guardam, na ausência (do marido), o que Alá ordenou que fosse guardado. Quanto aquelas de quem suspeitais deslealdade, admoestai-as (na primeira vez), abandonai os seus leitos (na segunda vez) e batei nelas (na terceira vez); porém, se vos obedecerem, não procureis meios contra elas. Sabei que Alá é Excelso, Magnânimo.

O Corão determina que castigos cada vez mais duros devem ser aplicados -- mesmo que a mulher não tenha feito nada de errado. Estes três passos são prescritos para o marido que ACHA que ela possa vir a se comportar de maneira inadequada: primeiro a mulher deve ser repreendida. Depois deve ser trancada no quarto e, por fim, se nenhuma das duas opções anteriores surtirem efeito, ela deve apanhar.   

Muhammad Saalih al-Munajjid, que é reconhecido como uma das maiores autoridades salafi do mundo, confirma que este é o entendimento correto do verso acima em uma Fatwa


للزوج تأديب زوجته عند عصيانها أمره بالمعروف لا بالمعصية ؛ لأن الله تعالى أمر بتأديب النساء بالهجر والضرب عند عدم طاعتهن.

وقد ذكر الحنفية أربعة مواضع يجوز فيها للزوج تأديب زوجته بالضرب ، منها : ترك الزينة إذا أراد الزينة، ومنها : ترك  الإجابة إذا دعاها إلى الفراش وهي طاهرة ، ومنها : ترك الصلاة ، ومنها : الخروج من البيت بغير إذنه .
"O marido tem o direito de punir sua esposa caso ela o desobedeça em algo correto, não se ela o desobedecer [para não fazer] algo pecaminoso, porque Alá prescreveu que mulheres devem ser punidas ao abandoná-las na cama e ao bater nelas quando não obedecem.  
Os Hanafi mencionaram quatro situações nas quais um marido tem permissão para punir sua esposa batendo nela. São estas: [quando] ela não se enfeita quando ele quer que ela faça isso; ao não obedecer quando ele a chama para a cama quando ela está pura (não esta menstruada); [quando] não reza, e quando sai de casa sem permissão."

Eruditos islâmicos -- tanto os medievais quanto os modernos -- confirmam a opinião de al-Munajjid:

Ibn Kathir:
"...a mulher cuja a má conduta para com o marido é vista, tal como quando ela age como se estivesse acima de seu marido, o desobedece, o ignora, não gosta dele, e assim por diante. Quando estes sinais aparecem em uma mulher, seu marido deve aconselhá-la e lembrá-la do tormento de Alá caso ela o desobedeça. De fato, Alá ordenou que a mulher obedeça a seu marido e a proibiu de desobedecê-lo, por causa da enormidade de seus direitos e [por causa de] tudo o que ele faz por ela."
وَاضْرِبُوهُنَّ ("e batei nelas") significando que, se a aconselhar e a ignorar na cama não produz os resultados desejados, você está autorizado a disciplinar a esposa, sem que a surra seja muito severa. 

 Al-Nawawi e Yusuf al-Qaradawi afirmam o mesmo.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Terrorismo x Pobreza: terroristas islâmicos na Europa são de classe média/alta e têm formação universitária

Mohammed Emwazi, o "Jihadi John" do Estado Islâmico, é o carrasco do grupo terrorista que decapitou os jornalistas James Foley e Steven Sotloff, e o homem mascarado que apresenta os vídeos do grupo em inglês. Ele nasceu no Kuwait e imigrou para o Reino Unido quando criança. Foi criado em uma família de classe média e se formou em programação na Universidade de Westminster. 

Ahmed 'Omar Sa'id Sheikh, o mentor do seqüestro e assassinato do jornalista Daniel Pearl, é formado pela prestigiada London School of Economics.

Wahíd Zaman, que tentou explodir aviões que sobrevoavam o Atlântico, foi o presidente da Sociedade Islâmica da Universidade de Londres. Ele era um engenheiro com doutorado em design e tecnologia.

Kafíl Ahmed, que foi ao aeroporto de Glasgow em um jipe cheio de explosivos, tinha sido presidente da Sociedade Islâmica da Universidade de Queen's (Queen's University Belfast). Ele era um engenheiro fomado trabalhando em um doutorado na Anglia Ruskin University, no Reino Unido.

Zacarias Moussaoui, um dos terroristas dos ataques de 11 de Setembro, tinha doutorado em economia pela South Bank University, em Londres.

Omar Farouk Abdulmutallab, o terrorista do voo do Natal de 2009 (indo de Amsterdã a Detroit), era o filho de um rico banqueiro, estudou em uma das universidades mais prestigiadas do mundo, a University College de Londres e morava em um apartamento de luxo no coração da capital britânica.

Azahari Husin, que fabricou as bombas usadas nos atentados terroristas em Bali, estudou na Universidade de Reading (Reino Unido).

Shamsul Bahri Hussein, um dos terroristas que cometeram o ataque terrorista em Bali, era aluno da Universidade Dundee (Escócia) e foi recrutado na própria instituição.

Aqsa Mahmmud, conhecida como "a jihadista do colégio particular", é uma muçulmana de origem paquistanesa nascida e criada em um bairro chique de Glasgow (Escócia). Ela é filha de Muzaffar Mahmmud, que imigrou durante os anos 70 e foi o primeiro jogador paquistanês de cricket a fazer carreira na Escócia. A senhorita Mahmmud estudou em Craigholme, um dos mais exclusivos colégios particulares do país e gostava de ler Harry Potter, ouvir Coldplay e tinha uma queda pelo ídolo adolescente Zach Efron. Ela era uma das melhores alunas de seu colégio e passava a maior parte de seu tempo lendo. Aqsa abandonou tudo para se juntar ao Estado Islâmico

Mohammad Sidique Khan, um dos terroristas que cometeram os atentados em Londres, no ano de 2005. Ele era formado na Leeds Metropolitan University. 


Taimour al-Abdaly, que se explodiu no centro da cidade de Estocolmo, na Suécia, no ano de 2010, estava estudando Fisioterapia na Universidade de Luton. 

Asif Mohammed Hanif e Omar Khan Sharif tinham bolsas de estudo na King’s College antes de realizarem um ataque terrorista no cidade de Tel Aviv, Israel, em 2003.

Sharif era filho de Sardaf Sharif, um abastado homem de negócios que matriculou seu filho na Foremarke Hall of Repton, uma das escolas mais caras instituições de ensino de todo o Reino Unido.

Membro do Hamas de apenas 16 anos morre cavando túnel para o grupo; ONGs de direitos humanos se calam e imprensa palestina diz que ele era um rapaz comum que caiu em um fosso

A página do grupo نافذة شمال قطاع غزة, que se propõe a cobrir "a vida cotidiana no norte da Faixa de Gaza", informa que Hasan al-Sari (16) morreu enquanto cavava um túnel para o Hamas. 

Na foto do lado esquerdo podemos ver Hassan cavando o túnel, enquanto na do lado direito vemos o jovem morto e enrolado na bandeira do grupo terrorista islâmico.


As legendas informam que Hasan al-Sari é um shahid (mártir) de 16 anos, que morreu ao meio-dia de 19 de janeiro enquanto cavava um túnel para a "resistência". O pequeno texto ainda diz que a foto da esquerda foi tirada poucos momentos antes de sua morte.

Esta página, feita em homenagem ao "mártir" Hassan al-Sari no Facebook -- que em poucos dias já conta com quase 2 mil curtidas -- mostra outras fotos do menor de idade terrorista do Hamas: 

E aqui podemos ver um vídeo de al-Siri cavando o túnel:



Já o site Ma'an, que é sediado em Ramallah,  "noticia"  (em inglêso acontecimento desta forma:
Um adolescente morreu em Gaza na terça-feira depois de cair em uma vala a oeste da Cidade de Gaza, disse um porta-voz do ministério da saúde. 
Ashraf al-Qidra disse que Hassan al-Siri, 16, foi praticar esportes com amigos na área, quando ele e outro amigo caíram em um buraco de dois metros. Equipes da Defesa Civil chegaram à área e tiraram os dois adolescentes, mas al-Siri foi declarado morto no hospital.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Diferenças entre as leis da Arábia Saudita e do grupo terrorista Estado Islâmico

Comparação entre as penas aplicadas pelo sistema judicial do Reino da Arábia Saudita e pelo grupo terrorista Estado Islâmico. 

Ambos usam a Sharia -- a lei islâmica -- como única fonte da legislação. 



No reino da Arábia Saudita o direito penal é regido pela Sharia e compreende três categorias: 
  • Hudud (punições corânicas fixas para crimes específicos); 
  • Qisas (punições de retaliação, no estilo "olho por olho"); 
  • Tazir 

Os crimes Hudud são considerados os mais graves e incluem furto, roubo, blasfêmia, apostasia, adultério, sodomia e fornicação. 

Crimes Qisas incluem assassinato ou qualquer crime envolvendo lesão corporal. 
Tazir representa a maior parte dos casos, muitos dos quais são definidos pelos regulamentos nacionais, tais como suborno, tráfico e uso de drogas. A punição mais comum para Tazir é a aplicação de castigo físico (chibatadas).

A pena de morte pode ser imposta para uma ampla gama de infracções, incluindo assassinato, estupro, assalto a mão armada, uso repetido de drogas, apostasia, adultério e bruxaria e feitiçaria. As penas podem ser aplicadas através da decapitação com espada, apedrejamento ou por um pelotão de fuzilamento seguido por crucificação.


Fontes religiosas:
O castigo para aqueles que lutam contra Alá e contra o Seu Mensageiro (Maomé) e semeiam a corrupção na terra é que sejam mortos ou crucificados, ou que lhes sejam decepados a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.  
(Corão, surata 5:33)

"Quanto ao ladrão e a ladra, decepai-lhes a mão como recompensa por aquilo que cometeram, uma punição a título de exemplo de Alá. E Alá é Todo-Poderoso." 
(Corão, surata 5:38)

O Profeta disse: "A mão deve ser cortada por roubar algo que vale um quarto de Dinar ou mais." 
(Hadith - Sahih Bukhari 8:81:780, Sahih Bukhari 8:81:781-782, Sahih Muslim 17:4175-4180 e Al-Muwatta 41 7.24b)

A mão de um ladrão não foi cortada durante a vida do Profeta, exceto quando o roubo era algo de valor igual a um escudo. 
(Hadith - Sahih Bukhari 8:81:783, Sahih Bukhari 8:81:784-786 e Sahih Muslim 17:4181-4182)

 O apóstolo de Alá cortou a mão de um ladrão por roubar um escudo que valia três Dirhams. 
(Hadith - Sahih Bukhari 8:81:787, Sahih Bukhari 8:81:788-790, Sahih Muslim 17:4183-4184 e al-Muwatta 41 7.21)

Jaibir relatou que uma mulher da tribo de Makhzum cometeu roubo. Ela foi levada ao  apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele), e ela buscou refúgio (ajuda) em Umm Salama, a esposa do apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele). Então, o apóstolo de Alá (que a paz esteja com ele) disse: Por Alá, mesmo que ela fosse Fátima (filha de Maomé), eu teria mandado lhe cortar a mão. E, assim, sua mão foi cortada. 
(Hadith - Sahih Muslim 17:4190)

É permitido que um ladrão tenha a mão reimplantada cirurgicamente?
Louvado seja Alá.
O ladrão não tem o direito de ter a mão amputada reimplantada, porque isso significaria que os sinais da punição por seu crime desapareceriam, e a eficácia da repreensão e da lição seria perdida. [Isso] 
é contrário a idéia de punição e de exemplo, como mencionado no versículo em que Alá diz (interpretação do significado): 
"Quanto ao ladrão e à ladra, decepai-lhes a mão (a partir da articulação do pulso) como recompensa por aquilo que cometeu, uma punição a título de exemplo de Alá. E Alá é Todo-Poderoso." [al-Maa'idah 05:38] 
Fataawa al-Lajnah al-Daa'imah, 22/220. 
Islam Q&A, Fatwa número 13926 


Penas idênticas ou similares são aplicadas em outros países muçulmanos como o Irã, Iêmen, Nigéria, Paquistão e Afeganistão.

Mulher sendo decapitada na Arábia Saudita depois de ser julgada e condenada pelo estado.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Gharqad, a "árvore dos judeus"

De acordo com a tradição islâmica, esta será a única árvore que não "delatará" os judeus para seus algozes muçulmanos

A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los, e mesmo que os judeus se abriguem atrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: “Oh, muçulmanos! Oh, servos de Alá, há um judeu atrás de mim, venha e mate-o”.
-- Hadith 6985 (Kitab Al-Fitan wa Ashrat As-Sa'ah)
Muitas vezes traduzido como "tradição"**, Hadith (plural em árabe: Ahadith) relata os ditos e atos de Maomé e é considerado uma  ferramenta extremamente importante para a compreensão do Corão e em matéria de jurisprudência. Os Hadiths, que eram transmitidos oralmente, foram avaliados e reunidos em grandes coleções nos dois séculos que se seguiram após a morte do profeta muçulmano. Estas obras são referidas em matéria de lei islâmica e história até hoje, apesar de não haver um consenso entre os diferentes grupos religiosos maometanos -- como sunitas, xiitas e ibadis -- que acreditam em diferentes coleções de Hadiths.

O Hadith do topo é muito citado por teólogos e líderes religiosos sunitas e muito popular entre seus seguidores -- sendo encontrado, inclusive, no Estatuto do Hamas, em seu artigo 7º:

Art. 7º Em todos os países do mundo encontram-se muçulmanos que seguem o caminho do Movimento de Resistência Islâmica, e tudo fazem para apoiá-lo, adotando seu  posicionamento e reforçando a sua Guerra Santa (jihad). Por isso, é um Movimento universal, qualificado para esse papel devido à clareza de sua ideologia, superioridade de seus fins e sublimidade de seus objetivos. Nessas bases é que deve ser visto e avaliado, e é nessas bases que seu papel deve ser reconhecido.
(…)
o Movimento de Resistência Islâmica aspira concretizar a promessa de Alá, não importando quanto tempo levará. O Profeta, que as bênçãos e a paz de Alá recaiam sobre ele, disse: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los e mesmo que os judeus se abriguem atrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: “Oh, Muçulmanos! Oh, Servos de Alá, há um judeu atrás de mim, venha e mate-o”.

No entanto há aqueles mais moderados, que discordam da forma como este Hadith é entendido pelo Hamas e pela esmagadora maioria dos líderes religiosos e fiéis muçulmanos. Estes afirmam que o texto está descrevendo um evento milagroso específico que ocorrerá perto do fim dos tempos. Ou seja, na opinião destes, uma decisão judicial não poderia ser derivada dali, pois o que há no texto é uma descrição, não uma prescrição. Para os que defendem essa tese o massacre de judeus com a colaboração de árvores e pedras também ocorrerá, mas não desde já...

Outros trazem suratas que falam sobre coexistência e tolerância. O grande problema é que, ao contrário de outras religiões que se baseiam em textos sagrados, o Islã faz uso da doutrina da revogação, na qual os pronunciamentos mais recentes de Maomé tornam nulos e sem efeito os seus ditos mais antigos. Quatro versos do Corão reconhecem ou justificam a revogação: 

Surata 2:106 - "a vaca"

 مَا نَنْسَخْ مِنْ آيَةٍ أَوْ نُنْسِهَا نَأْتِ بِخَيْرٍ مِنْهَا أَوْ مِثْلِهَا ۗ أَلَمْ تَعْلَمْ أَنَّ اللَّهَ عَلَىٰ كُلِّ شَيْءٍ قَدِيرٌ
Quando cancelamos uma mensagem, ou a jogamos no esquecimento, nós a substituimos por uma melhor ou uma similar. Você não sabe que Deus tem poder sobre todas as coisas?

Surata 13:39 - "o trovão"

يَمْحُو اللَّهُ مَا يَشَاءُ وَيُثْبِتُ ۖ وَعِنْدَهُ أُمُّ الْكِتَابِ                  

Deus anula ou confirma tudo o que quiser, pois ele tem com ele o Livro dos Livros.

Surata 16:101 - "as abelhas"

وَإِذَا بَدَّلْنَا آيَةً مَكَانَ آيَةٍ ۙ وَاللَّهُ أَعْلَمُ بِمَا يُنَزِّلُ قَالُوا إِنَّمَا أَنْتَ مُفْتَرٍ ۚ بَلْ أَكْثَرُهُمْ لَا يَعْلَمُونَ
Quando substituimos uma mensagem com os outras, e Deus sabe melhor o que ele revela, eles dizem: Você inventou isso. No entanto, a maioria deles não entende.

Surata 17:86 - "A viagem noturna"

وَلَئِنْ شِئْنَا لَنَذْهَبَنَّ بِالَّذِي أَوْحَيْنَا إِلَيْكَ ثُمَّ لَا تَجِدُ لَكَ بِهِ عَلَيْنَا وَكِيلًا


Se quiséssemos, poderíamos tirar o que temos revelado a você. Então você não vai encontrar ninguém para interceder em teu nome diante de nós.


Em vez de explicar as inconsistências em passagens que regulam a comunidade muçulmana, os juristas simplesmente reconhecem as diferenças e aceitam  que os versículos mais novos anulam os anteriores. 
A maioria dos estudiosos divide o Corão em versos revelados por Maomé em Meca, quando sua comunidade de seguidores era fraca e mais inclinada a concessões -- e quando ele ainda tinha a esperança de ser um novo profeta para judeus e cristãos --, e aqueles revelados em Medina, quando Maomé comandava uma força considerável e já tinha sido rejeitado por crentes de outras religiões. E é aí que mora o problema: os versos mais pacíficos e tolerantes são, em sua grande maioria mais antigos, e, portanto, revogados pelos mais novos -- e também mais violentos e mais intolerantes.   

Voltando ao hadith do topo, vemos o atual mufti (o mais alto cargo para um líder religioso) de Jerusalém usando o mesmo trecho para incitar os muçulmanos a atacar judeus:



O video começa com um mestre de cerimônias que apresenta o mufti no evento Fatah de Mahmoud Abbas. Ele lembra de outra crença islâmica logo nos primeiros segundos: que os judeus são descendentes de porcos e macacos.
Nossa guerra com os descendentes dos macacos e porcos (os judeus) é uma guerra de religião e fé."
 O mufti, além de não se distanciar desta declaração, acrescentou outra: que o objetivo do Islã é matar judeus.

Existem inúmeras coleções de hadiths, algumas das quais não são aceitas como confiáveis. No entanto, o mufti salientou que a crença de que os judeus serão mortos pelos muçulmanos como uma precondição para ressurreição é uma autêntica crença islâmica, porque esse hadith aparece na coleção al-Bukhari, que é considerada verdadeira e confiável. E essa não foi a primeira vez que o mufti se meteu em encrenca. Em outro discurso público ele afirmou que "os judeus são inimigos de Alá"...

Após críticas de líderes americanos o mufti da Autoridade Palestina tentou se explicar. Em um primeiro momento, disse que o discurso não foi uma "incitação à matança de judeus. Nós não podemos mudar os escritos religiosos históricos e nós não queremos mudá-los. No entanto, estamos falando agora sobre a realidade. A realidade é que queremos alcançar uma paz justa". Depois afirmou que seu pronunciamento foi maliciosamente editado.

Como resposta, a ONG que tinha publicado apenas um trecho do discurso resolveu não só exibir o discurso na íntegra como ainda respondeu as alegações do líder religioso:


As declarações das duas mais altas autoridades religiosas da Autoridade Palestina são deturpações do que o mufti disse. Na verdade, as palavras que ele escolheu para fornecer um contexto mostram que ele citou este hadith que antecipa muçulmanos matando judeus para torná-lo [o Hadith] relevante para o conflito árabe-israelense atual.  
O mufti introduziu o hadith referindo-se aos "47 anos" do Fatah e da "revolução" palestina, desta forma colocando o hadith no contexto de hoje. Em seguida, ele acrescentou que este é um "hadith confiável" das coleções verdadeiras e de confiança, e parte da lei/crença islâmica aceita. Depois de citar o hadith, o mufti afirmou que os israelenses estão plantando a "árvore Gharqad em Israel e em torno dos assentamentos e colônias", sugerindo que Israel está se preparando para o momento em que os muçulmanos cumprirão este hadith vindo para matá-los. De acordo com a tradição islâmica a árvore Gharqad será a única árvore que não chamará os muçulmanos para matar os judeus que estarão se escondendo atrás dela. Ao dizer que israelenses já estão plantando estas árvores em torno de suas cidades, o mufti estava relacionando explicitamente o hadith sobre o assassinato de judeus com o atual momento. Ele não estava apenas citando "escritos religiosos históricos", como alegou.

 De acordo com uma pesquisa realizada nos territórios controlados pela Autoridade Palestina e em Gaza, 73% dos participantes concorda com este hadith genocida. Outros 80% concordam com o artigo 15º contido no estatuto do Hamas, que defende o Jihad e o uso de atentados suicidas. Outros 72% afirmam apoiar a negação de qualquer vínculo histórico dos judeus com a cidade de Jerusalém, e 6 em cada 10 são contra a existência de um estado judaico, não importando suas fronteiras.


**O significado de Hadith é história/narrativa

Árabe palestino ilegalmente em Israel esfaqueia 12 inocentes em ônibus; cartunistas árabes glorificam o ataque terrorista

Em mais um covarde ataque terrorista, um árabe-palestino que estava ilegalmente em Israel esfaqueou 12 inocentes desarmados em um ônibus em Tel Aviv, deixando vários em estado grave. 

Como o ataque foi retratado por cartunistas árabes:

Atrás do terrorista sorridente após atacar inocentes vemos uma placa que diz "Tel Aviv ocupada". Ou seja: Israel é ilegítimo e qualquer parte de sua terra, não importa quão longe esteja dos territórios em disputa, é "ocupada" -- e um alvo legítimo de "militantes", como diria a imprensa.

A faca em homenagem ao ataque terrorista tem a forma de Israel, mas com o nome "Palestina" nela. A legenda diz "17 israelenses feridos em um ataque de qualidade em Tel Aviv". 
إصابة 17 إسرائيليا بعملية طعن نوعية (تل ابيب) ..


Palestinos estão usando a hashtag #eu_sou_uma_faca #انا_سكين (ana sakín)  ou #JeSuisCouteau para comemorar o ataque terrorista contra inocentes israelenses.  

Vídeo de parte do ataque mostra terrorista esfaqueando uma mulher pelas costas:

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Pallywood: jornalistas estrangeiros pedem para mulher palestina chorar para as câmeras enquanto sua filha ri ao seu lado

Este pequeno vídeo expõe a forma desonesta como a imprensa internacional cobre o conflito árabe-israelense. Ele mostra jornalistas estrangeiros pedindo para uma mulher palestina chorar para suas câmeras para que possam forjar mais um dos já conhecidos "flagrantes" do sofrimento árabe causado por Israel.

Um dos detalhes que mais choca é ver sua filha, ao seu lado, rindo enquanto ela atua para os jornalistas.



A falsa história se espalha pela internet com uma velocidade impressionante. Ela pode ser vista em sites pró-árabes, de esquerda, de extrema direita e, no fim, acaba até em sites cristãos.

O resultado da encenação pode ser visto nas fotos e no vídeo abaixo:




A casa que foi interditada pelo governo israelense não era propriedade da senhora atuando no vídeo. Era um pequeno sobrado abandonado usado por árabes para jogar coquetéis molotov em judeus.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Pichação em centro cultural francês em Gaza: "Deus os amaldiçoe, adoradores da cruz"; Agence Frace-Presse noticia o caso mas omite deliberadamente o ataque a cristãos


A Agence France-Presse noticiou:
Uma pichação de protesto foi feita [na parte de] fora do centro cultural francês de Gaza antes do amanhecer de sábado, após a publicação de uma nova caricatura do profeta Maomé pela revista satírica Charlie Hebdo. 
"Vocês vão para o inferno, jornalistas franceses", dizia umas das frases pintadas nas paredes do centro cultural, que está fechado desde que foi danificado em um incêndio em outubro passado. 
"إلى جهنم وبئس المصير يا صحفيى فرنسا" 
"[Qualquer coisa,] menos o profeta", dizia outra.
"إلا الرسول"

Mas a notícia da mesma France-Presse em árabe [1] fala de uma pichação que não foi mencionada na versão em inglês: ela diz "Alá os amaldiçoe, adoradores da cruz"

"لعنة الله يا عبدة الصليب"


Por que será que a Agence France-Presse omitiu de sua versão em inglês justamente a frase que mostra que o ataque não é direcionado apenas aos jornalistas e a revista Charlie Hebdo, e sim a todos os cristãos?


Professor que foi demitido de universidade palestina após levar alunos para visitar campo de concentração agora tem seu carro incendiado

Em 2014, o professor Mohammed Dajani levou 27 estudantes universitários palestinos para visitar o campo de concentração de Auschwitz como parte de um programa de resolução de conflitos. Quando a viagem veio a público, a universidade al-Quds, onde Dajani trabalhava, renegou a iniciativa declarando que "o professor e os alunos agiram por conta própria". 

Dajani foi atacado e ofendido pela comunidade árabe-palestina e chamado de "traidor". Ele também foi demitido da universidade, que é sediada em Jerusalém e controlada pela Autoridade Palestina.

Hoje Dajani publicou fotos de seu carro no Facebook. Ele foi incendiado:



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

ONG palestina publica artigo afirmando que judeus bebem sangue de cristãos na Páscoa

Em 1998, Hanan Ashrawi, atual membro do Comitê Executivo da OLP, criou a ONG Miftah (مفتاح). 

É assim que a ONG se apresenta em seu site oficial:
"Fundada em Jerusalém em dezembro de 1998, com Hanan Ashrawi como sua secretária-geral, Miftah pretende promover os princípios da democracia e da boa governança nos vários componentes da sociedade palestina; procura ainda envolver a opinião pública local e internacional e autoridades na causa palestina. Com esse intuito, Miftah adota os mecanismos de um diálogo ativo e em profundidade, do livre fluxo de informações e idéias, bem como networking local e internacional."

Quando Barack Hussein Obama, o presidente dos EUA, esteve em Israel, ele discursou para alunos universitários. Sua chegada coincidiu com a Páscoa judaica e ele acabou mencionando a festividade religiosa. 
Alguns dias depois, a ONG Miftah publicou um artigo escrito por Nawaf al-Zaru (originalmente publicado em um jornal jordaniano). Ele usa a fala de Obama para, mais um vez, trazer o velho -- e ainda extremamente popular no mundo árabe -- libelo de sangue:
"Em sua recente visita à "Israel", o presidente Obama não só fez um discurso oleoso e puramente sionista, mas [também] adotou a velha e tradicional retórica sionista. Ele não só prometeu lealdade a entidade [sionista], [como também prometeu] apoio militar, econômico, de comunicação e tecnológico sem limites. [Ele não só] registrou a Palestina como propriedade [sionista], uma vez que ela é "uma terra sem povo para um povo sem terra", como também entregou Jerusalém [aos sionistas] para ser a capital eterna de "Israel". Ele foi ainda mais longe, adotando as festas judaicas e seus os rituais religiosos.
Em um discurso para estudantes israelenses, com a intenção de transmitir a sua "mensagem sincera aos cidadãos [israelenses]", ele disse que estava "orgulhoso de ter trazido esta tradição para a Casa Branca", e acrescentou que ele fez isso porque ele queria que suas filhas aprendessem o legado de libertar os escravos da servidão. [Obama disse ainda que], para os afro-americanos, a história do Êxodo é "a mais poderosa imagem sobre a fuga das garras da escravidão para alcançar a liberdade. Para o povo judeu, a viagem com a promessa do Estado de Israel foi uma dor através de incontáveis gerações. Envolveu séculos de sofrimento e de exílio, preconceito, pogroms e até genocídio. Através de tudo isso, o povo judeu sustentou a sua identidade e tradições únicas, bem como um anseio para voltar para casa." Assim falou Obama sobre direito dos israelenses a Palestina...
Você consegue imaginar o presidente americano lendo este tradicional texto religioso sionista fajuto na frente de estudantes israelenses, como uma mensagem aberta para o mundo em uma transmissão direta e ao vivo? [Soa como um discurso] que não foi feito por Obama, e sim pelo maior rabino de Israel. Se tivéssemos encontrado este texto em outro lugar, nunca o teríamos atribuído ao presidente americano! 
Podemos compreender o presidente americano visitando [Israel] e bajulando [os israelenses], expressando apoio e fortalecendo a aliança estratégica entre os dois países. Mas adotar rituais judaicos? Por que, senhor presidente? Imagine a "Páscoa judaica" se tornando uma tradição na Casa Branca! Será que a Casa Branca se tornou uma escola religiosa judaica dirigida pelos maiores rabinos judeus?! Ou talvez ela tenha sido ocupada pelo lobby sionista, como diz Uri Avnery. 
Esta não é a primeira vez que o presidente Obama [comemorou] a Páscoa judaica. Ele também fez isso no passado. Em 2009, ele convidou amigos próximos e alguns funcionários de sua administração para um jantar especial na Casa Branca por ocasião do feriado. Funcionários da Casa Branca revelaram que o jantar tinha incluído pratos especiais da cozinha judaica. Os judeus chamam esta refeição 'Seder de Pessach'...
Será que o presidente Obama sabe a verdade sobre a conexão entre 'Pessach' e 'sangue cristão", por exemplo?! Ou entre "Pessach" e as "danças de sangue judaicas"?! Ou isso é uma forma de se curvar ao Conselho Judaico, a fim de agradá-lo ou para compensar as declarações sobre uma "solução de dois Estados"... ?!
Muitos dos relatos e histórias sobre as danças de sangue judaicas na Europa são baseados em rituais reais, e não em invenções, como afirmam. O fato que "os judeus usavam sangue cristão durante a Páscoa judaica" foi documentado pelo professor e historiador judeu Ariel Toaff** da unviersidade Bar Ilan, em seu livro Páscoas de sangue, que foi publicado na Itália... Apesar da enxurrada de condenações dirigidas a ele, [Toaff] insistiu que as denúncias apresentadas no seu livro eram baseadas em fatos, incluindo [alegações] sobre alguns dos libelos de sangue europeus. O autor observou que tinha conseguido provar, ao longo de dezenas de páginas, que o sangue é fundamental para a festa da Pessach, e que ele tinha chegado à conclusão de que o sangue foi usado durante as festividades de Pessach, especialmente pelos judeus ashquenazes, que acreditavam que o sangue das crianças tinha qualidades especiais, portanto, usavam poderes feitos do sangue [das crianças].
Obama enfrenta muitas perguntas em relação a este assunto, a principal delas diz respeito à ligação entre Pessach e sangue, e [também a questão] por que Pessach está se tornando uma tradição na Casa Branca. Isso está acontecendo por servilismo, lealdade ou [por um sentimento] de dívida ...? "

O texto foi retirado depois de uma campanha expondo a ONG. Para tentar abafar o caso, ela apagou o texto e emitiu uma pequena explicação em inglês. O artigo foi publicado somente em árabe, mas nenhuma errata ou desculpa foi publicada neste idioma.


O texto publicado no site da ONG Miftah

Algumas das instituições que bancam a ONG Miftah:
UNESCO (ONU), Anna Lindh Foundation (União Européia), Fundação Ford,  os estados da Dinamarca, Noruega, Irlanda, Finlândia e da Áustria, além do Fundo Árabe para Desenvolvimento Social e Econômico, Heinrich Boell Stiftung, UNFPA e Konard Adenauer Stiftung. O orçamento da Miftah em 2009 passou de 800 mil dólares. 



**O professor citado se retratou por essas alegações já que ele não pôde prová-las
 "Jews were not involved in ritual murder, which was an entirely Christian stereotype." 
"There was no relationship whatsoever between the so-called 'ritual of blood' and ritual infanticide"